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O que é branding e por que o seu negócio deve investir nele?

Ao abrir uma empresa, é comum que os empresários resolvam primeiro questões burocráticas para começar a operar. Dessa forma, itens como documentações legais, licenças, localização e quadro de funcionários são estudados e planejados rapidamente.

  • 8 min de leitura
  • 11 julho, 2024
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Ao abrir uma empresa, é comum que os empresários resolvam primeiro questões burocráticas para começar a operar. Dessa forma, itens como documentações legais, licenças, localização e quadro de funcionários são estudados e planejados rapidamente. Contudo, para colocar uma organização em prática com resultados contínuos, é necessário muito mais do que isso. É preciso trabalhar para gerar valor de marca. E é justamente esta a proposta do branding.

Mas se você ainda não sabe o que isso significa, fique conosco!

Neste artigo você irá conferir o que é essa metodologia de gestão de marca e os motivos para investir nela. Além disso, conhecerá cases de quem não abre mão do branding no dia a dia de seus negócios. Boa leitura!

O que é o branding?

Desde cedo, ainda crianças, aprendemos a fazer nossa leitura do mundo por meio de associações. Assim, nos referimos ao azul como cor de céu, tutti-frutti como gosto de doce, nuvem para citar algo fofo, macio. Em outras palavras, estamos em constante busca por criar conexões entre o que é novo e algo que já foi visto. Na esfera comercial não é diferente.

Escolhemos determinadas marcas mais do que pela funcionalidade do que oferecem, mas sim pelas conexões que elas geram. De acordo com um levantamento da McKinsey & Company, quando esse tipo de relação acontece, o consumidor está propenso até a pagar mais pela compra. O público vê essas ligações como casuais e espontâneas. Mas saiba, por trás desse tipo de resultado há um plano sendo executado com sucesso.

Então, anote aí:

Branding é uma estratégia de gestão de marca para fazer negócios se diferenciarem de outros produtos ou serviços. Alinhar ações ao posicionamento, propósito e pilares da companhia acontecem por meio dele. Então, se você achava que ele envolvia apenas o desenvolvimento de logotipo ou slogan, foi aí que você se enganou.

Para Philip Kotler, considerado o pai do marketing, o branding é algo indispensável para gerar força de marca. Ele é o responsável por fazer um produto transcender o físico, criando memórias, aguçando sentimentos e, principalmente, ocupando uma gaveta na mente do consumidor. Dessa forma, trabalhar o branding é investir no crescimento inteligente e contínuo dos negócios.

Quais são os benefícios do branding?

Como você leu acima, o branding é um fator essencial para tornar projetos memoráveis. Mas esta é apenas uma de suas vantagens. Investir nesse tipo de estruturação é desenvolver uma relação que caminha rumo ao objetivo do negócio. Abaixo você confere as três principais vantagens dessa metodologia.

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1. Posicionamento

A sua companhia está passando para o mercado a percepção que você idealiza? Aliás, o branding tem o poder de construir essa visão estrategicamente. A partir disso, é possível planejar e, principalmente, tomar decisões baseadas no propósito do negócio.

É transformando o posicionamento em atitudes que se ecoa a mensagem da marca. Por exemplo, quando um hotel deseja ser lembrado pela cordialidade, ele pensa nos pontos de contato que cumprem esse objetivo. Assim, o hotel pode fazer ações como colocar placas com mensagens gentis, oferecer serviço de quarto personalizado, dar dicas, entre outros.

2. Reputação

Depois de definir a sua posição no mercado, tudo o que é feito pela organização precisa trabalhar para tal finalidade. Desse modo, decisões desse tipo vão desde aspectos internos, como a contratação de pessoas, até a comunicação planejada pelo marketing. Logo, os resultados podem ir do sentimento de compreensão à conquista do respeito de quem compra.

Entretanto, é preciso ter cuidado para cumprir o que se promete. Bem como diferenciar entre promessa e realidade é um atributo que as pessoas têm percebido como benéfico. Nesse sentido, a última edição do Global RepTrak (GRT) 100, as empresas com melhor reputação foram aquelas que mais atenderam às expectativas de seus prospects.

3. Lealdade

Ter a lealdade do novo consumidor em pleno século XXI é um motivo de celebração. Afinal, tendo em vista as mudanças políticas, econômicas e climáticas do mundo, o otimismo em relação ao capital tem oscilado. Portanto, a pesquisa O Consumidor Brasileiro Hoje, da Mckinsey, mostra que o pessimismo financeiro subiu 4 pontos de 2023 para cá.

Esse é um retrato que reflete diretamente na lealdade, pois sem poder de compra, a moeda acaba sendo o preço. Porém, pode-se ver uma esperança nas empresas que investem em branding. No mesmo report citado anteriormente, percebe-se o consumidor mais leal aos negócios cujos valores estão alinhados aos seus.

4. Valorização

O preço de um iPhone costuma ser maior do que de smartphones – e isso não é por acaso. Como resultado, o branding é capaz de gerar valor para as marcas, fazendo seus produtos ou serviços serem altamente valorizados no mercado. Assim, para o público, o desembolso se justifica de forma subconsciente: vale a pena pagar a mais pelo objeto do desejo. Assim, a compra ultrapassa o limite da necessidade, tendo outros critérios de escolha.

Todavia, ainda no exemplo da Apple, este ano ela foi eleita a marca mais valiosa do mundo. Os dados são da GLOBAL 500 2024, elaborado pela Brand Finance. Na sequência, aparecem Microsoft, Google, Amazon e Samsung. Nesse ranking são analisados indicadores financeiros e, principalmente, o impacto gerado pelas companhias.

Quais são os tipos de branding?

Apesar do branding ser uma metodologia, ele pode ser aplicado para diferentes finalidades. Ou seja, para fortalecer a reputação de empresas, consolidar profissionais no mercado ou mesmo criar cultura interna, ele tem grande valia. Por fim, abaixo você confere quais são os principais tipos de branding e como utilizá-los.

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Branding corporativo ou comercial
A concorrência é um desafio para qualquer negócio. Para diferenciar a proposta de uma empresa em meio a tantas outras, o Branding Corporativo entra em ação. Então, por meio dele são definidos os diferenciais, propósito, posicionamento, personalidade e identidade das organizações. O resultado é uma proposta única em seu segmento.

Branding do produto
Essa área compreende como posicionar o ativo de uma empresa. Nesse ínterim são elencadas características técnicas do produto, comparando com outros do mercado. Ao utilizá-lo, você irá destacar ferramentas e detalhes que só o seu produto tem, utilizando-os como diferenciais que geram valor.

Employer branding
A cultura interna também é um ponto que precisa ser desenvolvido dentro das organizações. Portanto, o Employer Branding fomenta o orgulho de fazer parte da empresa e auxilia no alinhamento dos colaboradores com o negócio. É começando por dentro que se constrói uma marca forte por fora.

Certeza que você já pensou nesses…

Branding pessoal
Trabalhar como freelancer ou profissional autônomo é como ter a sua própria empresa. Logo, também exige um plano estratégico. O Branding Pessoal  desenvolve a representação de uma pessoa em sua carreira, projetando a forma como ela deseja ser percebida.

Branding político
Durante as eleições, é comum vermos campanhas políticas veiculando por todos os lugares. O branding também pode auxiliar na construção da reputação do candidato. A partir do estudo, levantamento de indicadores e da clareza na proposta, é possível elaborar comunicações marcantes e bem estruturadas.

Branding cultural
Todo país tem suas características, atraindo turistas, visitantes e investidores. O Branding Cultural é responsável por fortalecer essa relação e aumentar o interesse em determinadas regiões. Para os moradores, ele fortifica o sentimento de orgulho de suas tradições e gera pertencimento.

Vale a pena investir em Branding?

Agora que você sabe o que é o branding e conhece seus principais tipos, deve estar pensando: vale a pena? A resposta definitivamente é um grande sim. Além de todas as vantagens e da estruturação organizacional que ele é capaz de gerar em uma empresa, ele também é lucrativo.

Pelo oitavo ano consecutivo, o Itaú foi eleito pela Brand DX como a marca mais valiosa do Brasil. Conforme a pesquisa, seu valor está na casa dos R$44,2 bilhões. Esse dado foi validado pelo ranking da BRAND FINANCE BRASIL 100 2024.

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A partir disso, é interessante a reflexão sobre o que o Itaú tem feito para se diferenciar. Observando, podemos aprender sobre como ele tem trabalhado, executado ações e propagado mensagens que cumpram o seu propósito. Entre seus pilares estão a confiança, inovação e excelência no atendimento.

Dessa forma, há um investimento brutal em patrocínios a eventos esportivos, campanhas publicitárias, programas de entretenimento, entre outros. Inclusive, seu aniversário de cem anos foi comemorado em grande estilo – um show gratuito da Madonna no Rio de Janeiro.

O que dizem os números

Se você acha que foi um gasto sem retorno, não se engane! Além de levar mais de 1,6 milhão de pessoas para Copacabana, a transmissão pela TV Globo marcou 17 pontos de audiência. Segundo a Secretaria Estadual de Turismo do Rio de Janeiro, o impacto do show foi alto. Mais de R$300 milhões movimentados positivamente em turismo e serviços.

Durante o evento, a mensagem foi clara: “Somos feitos de futuro”, reforçando o pilar de inovação da companhia. Além disso, luzes laranja iluminaram o Copacabana Palace e o assunto dominou as tendências do X durante praticamente todo o mês.

Branding é apenas para grandes empresas?

Apesar de lermos tanto sobre cases grandiosos de branding, ele não é exclusivo para companhias consolidadas. Na verdade, ele tem o poder de tornar as marcas valiosas, ajudando pequenos negócios a alcançarem esse valor. Para isso, basta começar.

A Abrahão, por exemplo, foodtech de cardápios digitais, passou por um M&A logo após o seu reposicionamento. Executado pela Empória Branding, além da definição da mensagem e identidade da marca, ela também teve uma troca de nome. A empresa, que já era a segunda maior em seu setor, se uniu à Gommer, principal player deste mercado. Na ocasião, o resultado da fusão foi uma base de 400 mil clientes cadastrados e mais de 25 mil pagantes.

Ainda na Empória, outro case expressivo foi o da Sieg – Soluções Fiscais Estratégicas. Investindo em branding, na compreensão do seu negócio e do seu impacto no mercado, eles alcançaram grandes números. De acordo com o CEO da desenvolvedora, Henrique Carmellino Filho, quinze dias após a virada de marca, suas vendas triplicaram. Em uma entrevista exclusiva para o Empória Talks, ele conta mais sobre o assunto, você pode assistir aqui[1] .

Pronto para colocar o branding em prática?

Agora que você sabe o que é branding e conhece os motivos para investir nele, que tal colocá-lo em prática? Encontrando um parceiro confiável e experiente para auxiliar no posicionamento da sua empresa, você conseguirá projetar e alcançar grandes resultados. Então, pesquise e peça recomendações sobre esse tipo de serviço para a sua rede de contatos. Um planejamento especializado fará toda a diferença na hora de representar seu negócio no mercado.

Esperamos que este conteúdo tenha lhe ajudado em sua jornada pelo mundo das marcas. Ficou interessado em saber mais sobre esse assunto? No blog do Flagr você confere um artigo sobre Branding e a Modernidade Líquida, ideal para se aprofundar nessa temática.

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Coordenadora de Conteúdo na Empória Branding, formada em Publicidade e Propaganda pela Satc. Durante minha graduação tive a oportunidade de apresentar meu TCC na Universidade de Leiria, em Portugal. Também fiz parte do Coletivo Amplifica - primeira organização feminista da instituição. Trabalho há 8 anos como redatora publicitária e amo o que faço. Já tive meu trabalho veiculado em toda a América Latina, além de projetos de nível nacional. Hoje trabalho com posicionamento contribuindo com a cultura de marca das empresas.

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